quarta-feira, 23 de maio de 2012

Confira a entrevista na íntegra do técnico Celso Teixeira ontem no CT do Tigre

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Após o primeiro treino com a equipe do Mixto, nesta terça (22), o novo técnico do Alvinegro, Celso Teixeira, concedeu entrevista coletiva à imprensa, falando sobre sua primeira impressão do grupo e as perspectivas na Série D do Campeonato Brasileiro. Confira a entrevista abaixo:
Neste primeiro contato com a equipe do Mixto, já foi possível ter uma ideia para saber como ficará o time na Série D?

Ainda não dá pra analisar aquele que permanece ou sai. Acho que a gente tem que analisar primeiramente aqueles que podem atuar contra a equipe do Sampaio Corrêa. Mas num primeiro momento, percebi que o treino foi bastante disputado, temos alternativas de todos os lados. Essa análise mais profunda vamos deixar para um segundo plano, talvez mais para frente. O importante agora é termos um time com condições de vencer o primeiro jogo dentro de casa.

Celso, você interrompeu o jogo bastante, principalmente em bolas paradas...

Eu estava disputando uma decisão agora [Campeonato Sergipano], na qual um dos nossos adversários [Sergipe] jogava em função disso, então acho que todos os lances precisam ser treinados. Hoje o futebol é bastante decidido nestes aspectos, principalmente em lances de bolas paradas, por isso a gente precisa trabalhar nesse sentido, além de observar o posicionamento dos atletas em campo.

Levando em consideração que é a primeira impressão que fica, qual foi sua primeira impressão?

Boa, até falei isso pros atletas, por isso que parei alguns lances. A velocidade que eu cobro, exijo e critico, é a mesma de um elogio. Espero que estes elogios não se resumam apenas na minha chegada. Acho que temos que aumentar a disposição geral, porque só assim a gente consegue bons resultados.

Antes da sua chegada ao Mixto, foi veiculado na imprensa que o senhor precisava encontrar condições de trabalho para só então decidir se iria permanecer em Cuiabá ou não. Você encontrou estas condições?

Essa questão não é de ficar ou não. Por meio de vocês [imprensa] e das pessoas que passam, existem informações e precisamos apurá-las. Eu acho que o básico do futebol precisa existir. Não falo especificamente do Mixto, mas sei que o Luverdense e o Cuiabá se encontram em uma situação melhor. Mesmo assim penso que a grande equipe de Mato Grosso é o Mixto. Toda equipe depende de condições de trabalho. Não é no Mixto que eu não fico, mas não permaneceria em qualquer outro time - como não fiquei no Sergipe, com todo respeito, onde permaneci apenas por três jogos - por falta de condições de trabalho. Eu fui pro Itabaiana, onde tive mais estrutura e mantive minha palavra ao vir para cá, mesmo com o título de campeão em Sergipe e com toda torcida pedindo minha permanência.

Junto com você vieram novos nomes para o Mixto. Você acha que já estão prontos para uma disputa nacional?

Nós estamos nos trabalhos iniciais, sei que este começo é um pouco desgastante, até porque temos um jogo já neste sábado, depois teremos uns dez dias para trabalhar de um jogo para o outro, tempo mínimo necessário para ver as peças que faltam. Temos algo em mente, sim. Logicamente que eu estava preocupado com a decisão que eu tinha lá, por isso não antecipei alguns contatos que eu deveria ter feito, mas a partir de agora estamos fazendo estes contatos e sei que precisamos melhorar. Algumas posições ainda estão carentes e a gente vai atrás destes jogadores.

Celso, você veio do futebol do nordeste, cuja região trará muito adversários ao Mixto. Pelo pouco que você viu da nova equipe, dá para estrear com pé direito?

É prematuro dizer. O primeiro jogo que vamos enfrentar é bem difícil. Eu já trabalhei no Sampaio, tem uma boa base e a mantém. Além disso, possui um investimento alto, já que o sonho da diretoria do clube é colocar o Sampaio numa divisão maior do futebol brasileiro. Então, acho que esta é a equipe mais qualificada do grupo, pelo meu conhecimento. A gente passando por este primeiro teste, teremos tempo suficiente para colocar o Mixto entre um dos candidatos a buscar a vaga da Série C.

Nesse primeiro jogo a força de vontade e a superação têm que ser o ponto alto, Celso?

Não acho que só no primeiro jogo não. Acredito que existam equipes diferentes. Flamengo é uma coisa, Corinthians, outra, Ceará, onde trabalhei, é outra. Todos eles, assim como o Mixto, são times de massa, cujos torcedores exigem essa garra, força de vontade, tudo isso aliado à técnica que o jogador tem que ter.

Ao chegar em Cuiabá, o senhor logo se reuniu com a diretoria do Mixto. O que cobrou deles?

Não tenho o direito de cobrar nada, porque eu cheguei agora. Coloquei para eles que existem muitas informações em termos de estrutura, coisas básicas e que precisaríamos ter tudo isso...

Por exemplo...

...não estou aqui para delinear para vocês. Acho que existem dados particulares entre funcionário e patrão. Eu falo em infraestrutura de uma forma em geral. Você tem que ter o básico para trabalhar. Até dinheiro pode ficar em segundo plano, mas o básico você tem que ter.

O fato de o senhor ter trabalhado no Sampaio ajuda alguma coisa para o jogo de sábado?

Ajuda sim, mas não só por isso. Por meio da própria imprensa acompanhamos muito futebol e acabamos por conhecer muita gente. Conheço o time do Sampaio de uma forma geral, até aqueles que não estavam lá na minha época. Não digo que ajuda, mas vejo que é possível criar situações em cima das características de determinados jogadores para neutralizá-los. Eu, como treinador, analiso tudo isso, e tomei conhecimento a respeito dos jogos que eles fizeram. vamos atrás de todas as informações sobre eles na tentativa de uma resultado positivo.

Você falou que precisa intensificar negociações com jogadores que você acha que tem que vir para reforçar o Mixto. Em que posições esses atletas atuam?

Não posso dizer ainda, porque algumas coisas que eu acho que existe necessidade, mas se eu for responder hoje, pode ser que não tenham tanta urgência assim no futuro. Eu vou ter treinamentos no restante da semana e também o jogo de sábado, onde você próprio colocou que precisamos vencer de alguma maneira. No geral me agradou o que eu vi, percebi que temos um time forte e também uma parceria com o torcedor. A torcida deve ajudar, criticar, mas numa hora oportuna e não num início de preparação. Quem tem uma torcida como a do Mixto, se torna o 12º jogador.

Fonte: André Anelli/Site Mixto E.C. - Foto: Fábio Ramirez
23/05/2012
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Publicado por: Fábio Ramirez

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