terça-feira, 15 de maio de 2012

Lisboa, ex-roupeiro e dirigente do Mixto, é o homenageado no "Troféu Craque da Copa Gazeta"

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Benedito Lisboa (77) em frente à mercearia com seu nome, na rua São Cristóvão,
no bairro do Poção, em Cuiabá, volta a ser homenageado com o Troféu Craque da Copa.
(Foto: Otmar Oliveira/Jornal A Gazeta)
Tradicionalmente a Copa Gazeta de Futebol Master costuma render homenagens àqueles que marcaram época em campo, craques inesquecíveis, e verdadeiros ícones da comunicação, empunhando microfones na chamada época de ouro do rádio esportivo cuiabano. Este ano, em sua 19ª Edição, o torneio volta a lembrar de Benedito Lisboa, cujo Troféu premia o ‘Craque da Copa’ a cada ano, e que se iniciou no ano de 2008.

Quem compra mantimentos na rua São Cristóvão, no Poção, em Cuiabá, e não conhece a história do nosso futebol, não imagina que numa portinha de fachada vermelha, cujo nome estampado no alto abriga hoje um pacato comerciante, mas que num passado nem tão distante, foi um dos grandes dirigentes do Mixto Esporte Clube.

Benedito Alves Lisboa, ou simplesmente Lisboa, hoje com 77 anos, começou a trabalhar como voluntário no ‘Tigre da Vargas’, ainda jovem. Era roupeiromordomo; o responsável pelas chuteiras engraxadas, as camisas dobradas, junto com o calção, em cada posto de craque ocupado pelas estrelas que o Tigre teve; muitas das quais, reveladas por ele mesmo.

Lisboa não foi só mordomo. Fez de tudo um pouco num Mixto de altos e baixos, de títulos, glórias e alguns vexames também.

Mas lembremos apenas das coisas boas. Foi pelas mãos de Lisboa, por exemplo que o Brasil conheceu Adavilson da Cruz, o Pelezinho. Craque que jogava ‘peladas‘ no campo do Canarinho, e que chamou a atenção do sempre esperto ‘olheiro‘. Mais do que depressa, Lisboa levou o menino franzino para o Mixto, para assinar seu primeiro contrato. A‘patada atômica‘, o drible e a finta, compunham sua personalidade.

Do Mixto, Lisboa viu Pelezinho virar ídolo no Internacional de Porto Alegre. Lisboa revelaria tantos outros, derrubou técnicos e presidentes e hoje chama de ‘heróis’ os cronistas que falam do futebol regional.

Só fiz amigos no futebol, essa é a minha riqueza”, resume o mito, que, entre uma risada e outra, sentencia algumas frases de efeito. “O Lino Miranda (ex-presidente) era um cara sensacional”, disse.

Fonte: Oliveira Junior/Jornal A Gazeta
15/05/2012
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Publicado por: Fábio Ramirez

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