Após duas Assembleias Gerais (a primeira no dia 08/12 e a segunda no dia 13/12) finalmente o Mixto elegeu na noite de ontem (segunda 20) seu novo presidente e a nova diretoria. O advogado de 30 anos João Amui foi eleito por ampla maioria presidente do Mixto. Na diretoria eleita ainda estão Fabinho Pinto (1º Vice), Arley Carlos Silva (2º vice), o ex-presidente Reginaldo Amorim (Secretário Geral) e o ex-presidente Márcio Pardal como presidente de honra. Duas chapas concorreram na eleição e a vencedora obteve 27 votos entre os Conselheiros presentes, a outra chapa recebeu 2 votos e 1 voto foi anulado.
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| João Amui, novo presidente do Mixto EC |
COMO FOI A ELEIÇÃO
Pouco depois das 19h, horário marcado para o início das eleições no alvinegro, o presidente do Conselho Hélio Machado fez uma chamada para os conselheiros que quisessem apresentar uma chapa para dirigir o Mixto. Trinta minutos foram aguardados esperando inscrições de chapas.
Duas chapas se inscreveram. A primeira tinha como candidato a presidente o jornalista Orlando de Oliveira Antunes e a segunda chapa tinha o advogado João Amui como pretendente a assumir a presidência do alvinegro.
A chapa comandada por Orlando Antunes tinha como vice - Haemer Mussa, Secretário Geral - Paulo Cezar Gatão, Tesoureiro - Hamed Mussa e Diretor Jurídico - Dito Rubens. A outra chapa, comandada por João Amui, tinha como candidato a vice-presidente - Fabinho Pinto (1º vice) e Arley Carlos (2º vice), Secretário Geral - Reginaldo Amorim e ainda apresentava Márcio Pardal como presidente de honra.
Logo após Hélio Machado anunciar duas chapas na disputa do pleito mixtense, o conselheiro Armindo Carreto Pardal interviu emocionado chamando a unidade. “Temos que vestir uma camisa, e essa camisa é o Mixto, se a gente rachar, isso não vai levar a nada” disse Armindo, completando em seguida: “Seja qual for o presidente temos que fazer uma chapa de unidade”. Armindo terminou sua fala dizendo que há tempos está no Mixto e nunca viu “uma situação como essa”, se referindo a dois grupos disputando a direção.
Zé Luiz, ex-presidente do Conselho Deliberativo, também fez uma fala no sentido da unificação das chapas e pediu que o lema do Mixto fosse seguido, “união e lealdade”. “Se batermos chapas com certeza marcas vão ficar” afirmou. Dizendo ainda que “é hora de deixar o orgulho de lado, fazer um esforço e montar uma chapa de consenso. A unanimidade é burra, mas sem ela não funciona”.
Apesar dos inúmeros apelos e articulações de bastidores visando a unificação das chapas, não houve acordo e tudo teve que ser decidido no voto.
Antes dos Conselheiros expressarem seu voto os dois candidatos a presidente fizeram intervenções apresentando suas ideias.
Orlando Antunes lembrou de quando Zé Luiz o chamou para ajudar o Mixto, em 1985. Lembrou de suas passagens pelo alvinegro em 1996 e 2000 com Orlando Craici e 2008 com Julio Pinheiro. Falou também de suas passagens por outros clubes. “Sempre estive ligado ao futebol, eu sei fazer futebol” afirmou lembrando de quando a Afam o demitiu, mas afirmando que não se trata de vingança.
“O Mixto tem CT, tem ônibus. E as dívidas? Quem paga dívida nesse país? As dívidas vai empurrando. Com 100 mil dá para montar um time para ser campeão, por isso me candidatei” concluiu.
Em seguida foi a vez do candidato João Amui falar sobre suas propostas. Amui começou lembrando que a mais de um ano vem trabalhando com a ideia de presidir o Mixto e que inclusive já tinha conversado algumas vezes com o Márcio Pardal. Lembrou de seu pai, Roberto Amui, antigo torcedor do Mixto: “Meu pai é sócio do Mixto desde 1965”.
João Amui afirmou que vai trabalhar o que for necessário para o Mixto crescer. “O Mixto é um time de glória e precisa crescer”, afirmou. E concluiu o discurso de forma objetiva: “Eu quero ser presidente do Mixto porque eu amo o Mixto, é isso”.
Após questionamentos do plenário, Antunes e Amui responderam às dúvidas.
Orlando disse que seu treinador seria Arildo Berdum e o preparador físico o Daniel. Falou que iria trabalhar para trazer de volta o torcedor para o estádio para ajudar na renda do clube. “Não vou pedir com pires na mão para viajar, o dia que trouxermos de novo a torcida não precisamos de ninguém”. Orlando afirmou ainda que a categoria de base ficaria sob a responsabilidade do Pardal.
João Amui também falou sobre a categoria de base, defendendo que os garotos formados tem que ser aproveitado no profissional. Sobre a parte financeira disse em buscar novos parceiros e patrocinadores. “Tem dinheiro da Afam? Se não tem vamos em busca de mais patrocinadores. As dívidas existem e nós temos que pagar”, afirmou dizendo que o programa sócio torcedor precisa ser impulsionado.
Amui defendeu o fim de salários fora da realidade do futebol matogrossense. “Não vamos pagar salários exorbitantes no Mixto, mas dentro da possibilidade”.
Após a sabatina a mesa conduziu a votação seguindo a lista com os nomes dos Conselheiros, que foram chamados um a um para votar na chapa 1 (Orlando Antunes) ou na chapa 2 (João Amui). O voto foi secreto.
Após a contagem dos votos o resultado e comemoração da chapa 2 “prosperidade”, com 27 votos a favor.
No primeiro discurso como presidente do Mixto João Amui prometeu muito trabalho para alcançar os objetivos. “Vocês não vão se decepcionar com a gente. O que eu tenho a oferecer é trabalho”, conclui o novo comandante do Tigre da Vargas.
Fonte: Redação Mixtonet
20/12/2010
