terça-feira, 19 de março de 2013

Cláudio diz que garotos vindos da base ainda não estão prontos para a responsabilidade de titular, confira entrevista

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"Espetáculo ou show a gente dá em jogo festivo. No campeonato é preciso muito mais que talento. Tem que ter garra e comprometimento" (Cláudio Adão)

O supervisor administrativo do Mixto, Orlando Antunes, entrevistou o técnico do Mixto Claudio Adão. A entrevista foi publicada no site Soccer MT. Confira:
Técnico Cláudio Adão no Dutrinha (Foto: Pedro Lima/Olhar Esportivo)
Cláudio Adão é um dos maiores artilheiros do Brasil e também um verdadeiro “andarilho” do futebol. É fluminense de Volta Redonda-RJ, onde nasceu em 1.955 (58 anos). Casado com dona Paula Barreto e pai de Felipe Adão, atacante como o pai, e de Camila Adão, jogadora de volei.

Você jogou em todos os grandes times do Rio de Janeiro. Em qual deles você mais se identificou?

Cláudio Adão: Me dei bem em todos, mas foi no Flamengo que me senti melhor. Também, joguei junto com Zico.

Quais os times em que jogou?

Cláudio Adão: Botafogo, Flamengo, Vasco, Fluminense, Bangu, Volta Redonda e Campo Grande. Santos, Corinthians e Portuguesa em São Paulo. Santa Cruz de Recife, Cruzeiro de Belo Horizonte, Ceará. No Perú, joguei no Sport Boys e no Simpeza. Na Europa, joguei no Austriamento, Benfica de Portugal
e no Alain dos Emirados Árabes.

E na Seleção Brasileira?

Cláudio Adão: Joguei em todas as categorias de base. Disputei o Panamericano de 75 e a Olimpíada de 76. Na principal, fui convocado na Copa 78, mas acabei quebrando a perna antes e fui cortado. Na Copa de 82, Telê mandou me chamar mas me deram o drible da vaca e mandaram o Roberto Dinamite.

Jogando em todos estes times você deve ter “bamburrado” (ganhou muito dinheiro). Ou não ?

Cláudio Adão: Ganhei o suficiente para criar meus filhos e viver bem.

Quando iniciou sua carreira de treinador?

Cláudio Adão: Comecei no CSA de Alagoas, depois Ceará, Rio Branco de Vitória-ES, Volta Redonda e ainda fui auxiliar de Evaristo no Flamengo. 

E tua vinda para o Mixto, como foi?

Cláudio Adão: Foram amigos como Rabelo e Ricardo Rocha que me apresentaram o Eder Moraes. Ele me falou do projeto, eu acreditei e aqui estou.

Qual a tua impressão do nosso futebol?

Cláudio Adão: Mato Grosso tem potencial, revela muitos jogadores, como Rogério Ceni, Fabio, Marco Aurélio, Elias, Roni, Jael, Rafael Tolói, Beto e outros que não me lembro agora. O problema maior está na estrutura. É preciso fortalecer as categorias de base. 

Veja o Mixto de hoje, onde garotos como Jean, Geovani, Oneir, Eder Belém e Eder Junior estão jogando entre os titulares. Eles ainda não estão prontos para “carregar” esta responsabilidade. 

Nenhum jogador pode ser taxado ou chamado de craque, sem antes disputar umas três temporadas nas categorias de base, inclusive a Taça São Paulo. Se não; você corre o risco de queimar estes garotos, lançando-os antes do tempo.

E o futuro do Mixto no campeonato?

Cláudio Adão: Preciso de todos os reforços em campo para sentir até onde poderemos ir. Por enquanto, vamos somando pontos, o que é mais importante. Espetáculo ou show a gente dá em jogo festivo. No campeonato é preciso muito mais que talento. Tem que ter garra e comprometimento.

Fonte: Soccer MT - Edição: Mixtonet
19/03/2013
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Publicado por: Fábio Ramirez

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