14 março 2016

Técnico dispara contra diretoria: "falta de campo para treinar, não tem rouparia, departamento médico"

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O treinador Gilson Paulino entregou o cargo na tarde desta segunda-feira e não comanda mais o Mixto na reta final do Campeonato Mato-Grossense. Ele alegou falta de estrutura e respaldo da diretoria para deixar a equipe, que chegou a ser vice-líder do grupo A, mas que não vence há cinco jogos. Neste domingo, o Tigre perdeu para o Poconé, de virada, e chega à última rodada da primeira fase com chances de ser rebaixado. O supervisor José Carlos da Silva assume o time contra o Operário VG, no domingo. 

Gilson Paulino, treinador do Mixto (Foto: Olímpio Vasconcelos/Mixto)- Não posso ficar tomando pancada sozinho. São vários problemas que sobra somente para mim. Não posso assumir essa culpa sozinho. O Mixto tem muitos problemas, em que tentamos contornar nesses dois meses. Porém, chega uma hora que a situação fica insustentável. Não tinha mais clima de continuar. Quem sabe quando vier alguém novo, os jogadores se motivem mais. Fiz tudo o que podia - disse ao GloboEsporte.com. 

O Mixto quase ficou fora da disputa do Mato-Grossense por falta de dinheiro, mas com a criação da Associação Tigre da Vargas, o time ganhou sobrevida. É a associação que tem bancado as despesas do clube. 

- O Mixto tem problemas administrativos, atraso de salário, falta de campo para treinar, não tem rouparia, departamento médico. Não tem quase nada. Isso complica demais no dia a dia. Não fizemos pré-temporada direito, muitos jogadores foram chegando com o trabalho em andamento. Isso prejudicou demais também. Perdemos atletas lesionados, que não faziam o tratamento direito por falta de estrutura e atrasava a volta aos gramados. 

Gilson lamentou a saída por conta da qualidade do elenco, segundo ele. Para o agora ex-treinador, outro ponto foi crucial para a queda de rendimento do clube: a saída de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá). Foi na cidade turística que o Tigre iniciou os treinamentos. 

- Lá em Chapada nós tínhamos quase tudo e a preparação seria muito melhor. Aqui em Cuiabá faltou quase tudo. O torcedor não sabe as dificuldades do dia a dia. Foi difícil ser treinador e psicológo ao mesmo tempo. Ter que convencer os atletas de abraçar a causa, que o salário iria sair. Eu mesmo, desde que cheguei, não recebi nem 10% do combinado. 
A diretoria do Mixto não atendeu as ligações para repercutir a saída do treinador. O Mixto volta a campo neste domingo, contra o Operário VG, na Arena Pantanal. Uma derrota somada a uma vitória do Poconé, que enfrenta o Cacerense, rebaixa o Mixto para a Segunda Divisão. 

Fonte: Globoesporte.com

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Publicado por: Unknown

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3 comentários:

  1. INFELIZMENTE O GILSON ESTÁ COBERTO DE RAZÃO. O MIXTO ÃO TEM AS MÍNIMAS CONDIÇÕES DE DISPUTAR UM CAMPEONATO SEM PATROCINADOR. ISSO NÃO EXISTE EM LUGAR NENHUM. O CLUBE PERDEU A CREDIBILIDADE, NÃO RESTA A ALTERNATIVA DO QUE AFASTAR UNS TRÊS ANOS, PARA TENTAR ORGANIZAR AS COISAS E PAGAR A DÍVIDA.

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  2. O pior de tudo foi a ausência da diretoria no dia-dia do clube, nunca tinha diretores do MIXTO nos treinamentos, Gatão simplesmente desapareceu. O Gilson se esqueceu de mencionar que faltou bola, fisioterapeuta, gelo, remédio para massagens, suplemento alimentar. Gatão, Dr. Elber, Niltinho e Arley, são quatro diretores irresponsáveis que confiaram simplesmente no papo furado do investidor GEBARA, na época em foram eleitos e nunca tiveram um plano B. Ninguém vai patrocinar o MIXTO com uma diretoria dessas que aí está, simplesmente não entendem nada de futebol, administração e são quebrados financeiramente. Cabe ao conselho deliberativo convocar uma reunião para exigir do Gatão um balanço de sua fracassada administração, e a partir daí traçar um novo rumo para o MIXTO. Entendo que até o Dito Rubens deveria entregar o seu cargo de presidente do conselho deliberativo, precisamos fazer uma verdadeira revolução na forma de administrar o MIXTO. Vamos transformar o MIXTO em um clube EMPRESA, pois já está mais que provado que não existe conselheiro capaz de formar uma diretoria competente e com credibilidade para gerir os destinos do MIXTO, a maioria esmagadora dos conselheiros são quebrados financeiramente e que não conseguem nem pagar uma mensalidade de R$ 100,00. Para se ter uma idéia, os conselheiros da Portuguesa de São Paulo pagam uma mensalidade de R$ 500,00. Conheço muitos conselheiros do MIXTO que gostam de se exibir como tal, mas que na realidade nem sabem qual é o seu papel. PAULO SÉRGIO CUNHA - JD. LEBLON - CUIABÁ-MT


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  3. Independente das coisas que acontecerão o técnico é muito fraco, e trouxe jogadores que não atuavam profissionalmente desde 2013. Mais fique tranquilo Paulo Sergio pois o Grupo gestor vai assumir o mIxto e resolver todos esses problebas

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