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| Presidente ítalo Freitas (Foto: Gabriel Duenhas) |
O presidente do Mixto, Ítalo Freitas, concedeu na última quinta-feira (23) entrevista exclusiva ao site Esportes e Notícias e voltou a reforçar a necessidade urgente de realização da eleição presidencial da Federação Matogrossense de Futebol.
Para Freitas, a demora na definição de um presidente eleito tem gerado insegurança jurídica, atrasos na administração da federação e incertezas sobre como aplicar as mudanças aprovadas no estatuto da FMF. Ele destacou que algumas decisões tomadas pelos clubes durante a Assembleia podem acabar complicando ainda mais o processo eleitoral.
— Nós alteramos uma regra que vai precisar ser interpretada para tocar ou não uma eleição, então está demorando demais e nós complicamos o jogo hoje. Acredito que tenha sido uma decisão equivocada dos clubes e que pode travar ainda mais o processo que já devia ter acabado. O Luciano está fazendo um bom trabalho, inquestionável, mas ele é temporário. Não foi eleito e tem uma certa dificuldade de fazer algumas coisas no dia a dia. Aprovar medidas politicamente seria muito mais fácil se fosse o presidente eleito. É urgente que façamos a eleição o mais rápido possível para que tenhamos estabilidade e clareza na condução da federação —, afirmou Ítalo.
Durante a Assembleia, cinco alterações no estatuto da Federação foram discutidas e votadas, das quais o Mixto se posicionou contrário a três. Entre as principais mudanças estavam a criação de diretorias obrigatórias, o aumento do número de vice-presidentes e a homologação de alterações visuais da federação.
Ítalo comentou que algumas dessas alterações foram aprovadas sem detalhar claramente como seriam implementadas, criando um cenário de insegurança jurídica.
— A terceira alteração foi o aumento da quantidade de vice-presidentes. Estamos com o processo eleitoral em andamento, mas agora se altera a quantidade de jogadores em campo durante o jogo. Estamos no intervalo e de repente mudam as regras. É uma alteração que pode até ser mal vista juridicamente e alongar ainda mais o processo eleitoral, que já dura muito tempo. Precisamos de regras claras e consistentes para que todos os clubes saibam como proceder e não haja dúvidas no meio do caminho —, explicou Freitas.
Ele criticou também a criação de diretorias obrigatórias, afirmando que isso interfere na função do presidente da federação e aumenta despesas.
— Votei contra porque acredito que diretoria, por exemplo, de competição ou de arbitragem, são atribuições do presidente. Hoje o diretor de arbitragem também é diretor de competições, e isso foi definido pelo presidente da federação. Obrigar a criação de cinco diretorias aumenta a despesa da federação e usurpa funções que cabem ao presidente eleito. Esperava que o presidente nomeasse imediatamente cinco diretores, mas isso pode gerar confusão e sobrecarga administrativa sem necessidade.
O mandatário alvinegro destacou que as únicas alterações aprovadas pelo Mixto foram as que tratavam de transparência e sobre a identidade visual da entidade.
— A segunda alteração foi sobre transparência e foi a única que o Mixto votou a favor, porque acreditamos que é o caminho. Apesar disso, a forma como isso será implementada ainda precisa ser amadurecida e estudada para entender como essas mudanças vão entrar no dia a dia da federação.
Ele também se posicionou sobre a situação do interventor Luciano Hocsman, que ocupa temporariamente a presidência da FMF.
— O Luciano faz um bom trabalho, mas é temporário. Ele não foi eleito e tem dificuldades de atuar politicamente na federação como um presidente eleito teria. Isso torna urgente a realização da eleição para que possamos ter estabilidade, segurança jurídica e clareza na gestão de todas as questões da federação. A demora prejudica não só os clubes, mas todo o futebol do estado, e precisamos resolver isso o quanto antes.
Para Ítalo Freitas, e para o Mixto, a definição rápida de um presidente eleito é essencial para garantir a estabilidade administrativa, a segurança jurídica e a boa condução das atividades da FMF.
Esportes E Notícias

Não acho que o interventor esteja fazendo um bom trabalho.
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