A Lei 11.734 assegura às equipes femininas o mesmo benefício dos times masculinos do Estado
O governador Mauro Mendes sancionou projeto do deputado Carlos Avallone (PSDB) que assegura às equipes femininas do futebol mato-grossense o mesmo incentivo financeiro concedido ao masculino, além de atender os clubes participantes de todas as Séries das competições organizadas pela CBF.
A Lei nº 11.734 de 12 de abril de 2022 amplia o projeto aprovado em 2021, que autorizava destinar R$ 3,5 milhões aos times da Série A — o Cuiabá — e R$ 1 milhão às equipes da Série B. Como não há times do Estado disputando as séries A e B do Brasileirão, o patrocínio seria revertido às equipes profissionais que disputam as séries C e D — onde nesta temporada estão Operário-VG e Ação.
A chamada “Lei Avallone” mantém o incentivo de R$ 3,5 milhões para a Série A masculina e concede o mesmo valor às equipes da Série A1 feminina. Para as séries B e A2, o valor passa a ser de R$ 2 milhões. Os clubes das séries C e A3 terão R$ 1,5 milhão e os clubes na Série D receberão R$ 1 milhão.
Com a aprovação, as equipes do Operário de Várzea-grandense e do Ação, de Santo Antônio de Leverger, serão contempladas, pois estão na Série D este ano. Na próxima temporada, o União de Rondonópolis está confirmado na quarta divisão nacional.
Mixto Feminino será beneficiado
No futebol feminino, a nova lei vai beneficiar o Mixto e o Cuiabá, representantes de Mato Grosso no Brasileiro Série A3.
“Estou muito feliz com a sanção do meu projeto e a publicação desta lei que com certeza terá um efeito muito positivo para o crescimento do esporte. A nova legislação faz justiça às mulheres, que vem apresentando um rendimento expressivo em todas as categorias do futebol, e precisam de apoio. Por isso asseguramos às mulheres os mesmos incentivos dados aos homens, além de contemplar as séries do masculino que não eram beneficiadas”, justificou Avallone.
A publicação da Lei Avallone foi muito bem recebida pelos dirigentes esportivos. Antero Paes de Barros, um dos gestores do Mixto Esporte Clube, classificou a nova legislação como “a salvação do futebol feminino de Mato Grosso”.
Segundo o jornalista, a lei contribui para colocar Mato Grosso no mesmo patamar dos demais estados que já apoiam o futebol feminino. Além disso, vai viabilizar financeiramente a Arena Pantanal, que com jogos de várias categorias passará a ser um espaço superavitário.
“Parabéns ao deputado Avallone, um golaço a favor do futebol feminino e também do masculino em todas as séries”, disse Antero.
O presidente do Operário, Dudu Campos, destacou que aportar dinheiro público em equipes de futebol para o crescimento do esporte e a descoberta de novos talentos é também assegurar emprego e renda para milhares de pessoas.
“A Lei Avallone é um grande incentivo às equipes masculinas e femininas, pois cada centavo aplicado de forma correta e transparente com certeza representará mais empregos e renda para toda a cadeia produtiva do futebol mato-grossense”, disse o dirigente operariano.
O presidente do Ação, João Benedito, também destacou a importância da lei para o futebol local.
“Sem dúvida é uma lei que vai ajudar bastante, principalmente as equipes que não tem muito orçamento como nós. Estamos representando Mato Grosso na Série D e esse incentivo é aguardado com muita expectativa, pois a competição está começando e ainda temos dificuldade para montar o elenco. Então estamos torcendo para que essa nova lei seja regulamentada o mais rápido possível”, finalizou o dirigente.
Fonte: Olhar Esportivo full-width